E-mail enviado pelo desportista Maza, nos relata incidente verificado na partida disputada entre o Vila Augusta e o Índio Jari, na final da categoria 50 anos, da LIVEA. Eis na íntegra o que nos foi repassado:
"É o Fim da Várzea! Vila Augusta e Indio Jari disputavam neste sábado, 13, a
final da LIVEA categoria 50 anos com a arbitragem de uma revelação do
apito viamonense, Marcos Xavier. Partida muito disputada e muito
bem administrada pelo arbitro até que aos 29 minutos o meio campista do
Jari, Ito, foi derrubado dentro da área quando estaria entrando frente
ao goleiro do Vila Augusta. O arbitro marcou a penalidade de forma
correta, porém, obviamente que não para os penalizados e mais uma vez
testemunhamos o absurdo que acontecem todos os dias na várzea, Marcos
Xavier foi agredido pelas costas mais de três vezes e ainda tomou uma
cusparada no rosto. Primeiro recebeu um chute na altura de trás de um
dos joelhos onde sofreu cortes, desferidos pelo meio campista
Adriano, conhecido como Nandinho. Na sequência foi chutado três vezes,
também pelas costas pelo tecnico do time, um senhor de calça e camiseta preta o qual não consegui a
identificação Após os dois atos, um dos reservas acertou um soco no
rosto do arbitro. Não satisfeito, retornou e cuspiu no mesmo. A partida
ficou interrompida por cerca de dez minutos. Dirigentes do Monte Alegre,
campo que sediou a final, saíram em defesa de Marcos e inclusive
chegaram a propor que o mesmo encerrasse por falta de segurança. Marcos
chamou a responsabilidade pra si, fez com que a cobrança fosse
executada, não expulsou nenhum dos agressores e cumpriu o restante do
jogo incluindo 04 minutos de acréscimo. Ao final, vitoria do Jari por 3 a
2, me dirigi ao arbitro e fiz algumas perguntas; o porque de nenhuma
expulsão, se ele faria algum relatório e qual era o sentimento dele com
o acontecido, ele respondeu: " Não expulsei pois sequer tinha como
garantir a minha integridade física. Relatório não vou fazer pois é um argumento que ninguém respeita na várzea e meu sentimento é de
dever cumprido. Fiz o meu trabalho. Só lamento que numa categoria de 50
anos testemunhamos estes tipos de postura, infelizmente são situações
que sequer temos a chance de nos defender. Esta vulnerabilidade que
passei hoje vai me fazer pensar em não mais apitar", conclui o arbitro
de muito boa atuação, e reforço, apitou sozinho sem auxiliar algum, só
que depois desta, mesmo sendo destaque, deixou claro que vai largar.
Caros amigos, dentro do possível publiquem, acredito que
matérias deste tipo poderão fazer que atletas e instituições tenham
vergonha e tomem consciência.
Abraço Maza".
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